Bahia perde Zelito Miranda, ícone forrozeiro
Gravou o primeiro disco com um repertório daquilo que ele chama de MPN (Música Popular Nordestina) mas os pedidos de shows e gravações em forró foram, aos poucos, fazendo com que o artista assumisse a herança de Gonzagão como sua carreira.
Dessa influência do rock, da MPB e da experiência em trio elétrico, ficou conhecido como o “Rei do Forró Temperado”, um som que preserva a sonoridade do gênero, mas se permite a novos instrumentos, arranjos e melodias.
Pioneiro nos ensaios do gênero nordestino nas casas noturnas da capital baiana, há 26 anos, o “Rei do forró temperado” se dedicou a arte de misturar elementos do mais autentico forró pé-de-serra a o que há de mais moderno e cosmopolita.
Com um DVD e 12 Cd’s gravados, Zelito Miranda foi o grande anfitrião do projeto que levou de janeiro a junho, milhares de pessoas ao Parque da Cidade.
O “Forró no Parque com Zelito Miranda e convidados”, tinha 12 anos e ocorria uma vez por mês, nas manhãs de domingo, com a participação de vários artistas da música brasileira. Seu último palco foi o Pelourinho.
Zelito faleceu com 40 anos de carreira e mais de 200 músicas no currículo, defendia cultura e a tradição do forró.
Ele deixa a esposa Telma, maior parceira de sua vida, e as filhas Clarice, que espera a sua primeira neta, e Luiza.
Fonte: A Bronca